DESENCONTROS...
Percorro
esta vida armadilhada... já cansada!
Tento-me
desviar de cada pedra arremessada...
E
sigo de cabeça erguida por uma estrada esquecida...
Traço
um caminho entre o medo da escuridão e a vida
Avistando
no infinito... uma saudade branca e dolorida!
Meus
pés escalam areias movediças...
Calcam
penhascos e escoam-se em odores...
Meus
lábios se umedecem em suores
Vagando
nos meus olhos perdidos na fantasia
Bebendo
sôfregos os ares da maresia...
Ao
longe num ponto da paisagem
Adivinho
um poço de trevas que me habita o ego...
A
lágrima que me cutuca a ferida
Cheira
a solidão dum fado triste e magoado
Quando
acaricia uma tristeza perdida...
Perco-me
nas entrelinhas do mundo...
Desencontro-me
nas estradas da esperança
E
no meu peito cravam-se os punhais do tempo
As
lanças afiadas do passado magoado...
E
os testemunhos da solidão sem o embalo dum triste fado...
By@
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